quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Deveríamos ter vergonha na cara!

“De vem em quando morro de vergonha de mim. E se eu fosse você morreria de vergonha de mim também. [...]

[...] A gente se preocupa com pequenices. Com tolices. E agimos feitos uns coitados. Ai, coitada de mim, ele me deixou. Ai, coitada de mim, não entro no jeans. Ai, coitada de mim, queria ter olhos verdes. Ai, coitada de mim, queria ter 5 cm a mais. E quem passa fome e frio? E quem não tem ninguém no mundo? E quem se mata trabalhando pra chegar um imbecil com uma arma dizendo quero-toda-tua-grana? E quem tem uma doença terminal? E quem tem um filho autista? E quem quer morrer, pois não agüenta a dor que sente no corpo? E quem está ferrado, sem um puto no bolso, sem plano de saúde e tem que fazer uma cirurgia que custa R$ 65.000,00? E?”

(Clarissa Corrêa)

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