quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O brilho da lua


Certo dia, eu estava (como de costume) olhando pra lua, e comecei a perceber que ela não estava tão brilhante como nos outros dias em que a olhava. Gosto muito de ficar olhando pra lua, quem me conhece bem sabe o quanto gosto. E ainda mais quando ela está com um brilho radiante e iluminando toda a noite. Como já disse, naquela noite ela não estava do jeito que eu esperava, do jeito que eu sempre espero que ela esteja.
Percebendo isso, no meu interior comecei a me perguntar: será que muitas vezes isso também não acontece ao longo dos dias, na minha convivência diária com as pessoas que estão perto de mim?
Quantas vezes, nós esperamos com ansiedade por ver as pessoas que amamos, esperamos que ela esteja com um brilho estampado no rosto, sempre pronta pra nos ouvir, acolher e entender. Mas nem sempre é assim, pois nos esquecemos que TODOS nós somos seres humanos, somos cheios de defeitos e falhas e nem sempre estamos radiantes e alegres.
Por tanto esperar dessas pessoas, muitas vezes nos decepcionamos e nos magoamos com isso, porque somos limitados e criamos uma certa imagem delas como se fossem perfeitas ou que sempre devem estar prontas a nos ouvir. É necessário entender os limites das pessoas com quem convivemos. E valorizar não o BRILHO, mas a PRESENÇA dessa pessoa.
Assim como no exemplo da lua: o importante pra mim não é se ela está brilhando, mas se ela “apareceu”, se ela está ali. Vamos aplicar esse exemplo em nossas vidas. Vamos dar mais valor na presença das pessoas que amamos e não se ela está de bom humor ou disposta a nos ouvir. Com isso, vamos aprender a respeitar mais os limites do outro e amar não só as qualidades, mas também os defeitos.
Ame, mas não imponha limites. Valorize, mas não só o BRILHO. Valorize também o momento em que esse brilho estiver OFUSCADO pelas circunstâncias da vida. Amar alguém na alegria é tão fácil, mas difícil mesmo é amar quando a dor e angústia se refletem no rosto de quem amamos.

(Créditos da foto para Carool, risos ^^ )

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A alegria de ser criança


Estamos nos aproximando do dia em que comemoramos o dia das crianças e o dia de Nossa Senhora Aparecida. Por isso, é sempre comum dizer que todos os dias são “Dia das Crianças”. E realmente é. Infelizmente a mídia usa certas datas para aumentar o nível de consumismo, esquecendo-se da essência do que é ser criança e ter uma infância repleta de alegria e felicidade, que não se resume em um simples brinquedo ou presente.

Me recordo que sempre quando se aproximava dessa data, ficava bastante ansioso para saber o que eu ia ganhar, se iria ganhar (risos). Hoje, quando me lembro disso me dá saudade, não por causa dos presentes ou por causa da espera desse dia especial, mas por tudo aquilo que vivi durante esse tempo que se chama: INFÂNCIA.

São tantas cores, tantos sabores que experimentamos durante esse tempo, às vezes, é difícil de lembrar um por um, mas há sempre os momentos mais marcantes. Momentos em que quando revirarmos a “caixa” das nossas lembranças, vamos sentir aquela alegria, aquela saudade, uma vontade enorme de viver de novo, de voltar onde tudo era tão despreocupado, onde chorávamos por causa das nossas quedas durante nossas brincadeiras. E realmente é assim: SAUDADE!

Não me esqueço de tantas vezes, que como criança eu “aprontei” muito (risos), já chorei, já sorri, aprendi que no coração o ódio não podia ficar nem por cinco minutos. É impressionante poder observar isso: a capacidade que tínhamos quando crianças, de perdoar. O tempo passa.. e hoje o ódio habita em nossos corações não mais por cinco minutos, mas muitas vezes, ele dura por cinco meses, cinco anos ou quem sabe tantos e tantos anos. O coração de criança é tão puro, tão doce, tão terno. E poder olhar pra cada criança, ver que essa capacidade de amar ainda está presente em seus corações me alegra muito, porque eu sei que a semente do AMOR não foi destruída. Por isso, não me canso nunca de pedir: SENHOR dá-me um coração de criança! Um coração que saiba amar, que saiba perdoar.

O tempo pode passar o quanto for, mas a semente do amor pode continuar a mesma em nosso coração. Basta buscarmos a cada instante, em cada acontecimento de nossas vidas uma pequena fagulha da chama viva do amor de Deus que está acesa em cada um de um nós.

É tempo de relembrar qual é a alegria de ser criança. O tempo pode ter “enferrujado” o nosso coração, tantas experiências já vividas fizeram com que a “chama” do amor em nosso coração fosse diminuindo, mas ainda há esperança para cada um de nós. Nosso coração pode ser renovado e restaurado, independentemente de nossa idade. Eu repito: A SEMENTE DO AMOR AINDA ESTÁ NO SOLO FÉRTIL DO SEU CORAÇÃO. É só cultivar..

E para todas as crianças de idade: FELIZ DIA DAS CRIANÇAS!

Na foto: Ivane, Cristiano (Biu) e eu no meu batizado. No dia 08 de dezembro de 1996 (já tem um tempinho, risos). A maior parte da minha infância vivi e cresci ao lado desses meus primos. A ligação que nós temos é muito forte e até hoje permanece, apesar da distância e das mudanças que aconteceram em nossas vidas. Um exemplo: Ivane já está casada e tem um filho. Biu está namorando (está à caminho, risos). Bom.. e eu estou por aqui (risos).

Amo muito vocês. E obrigado por fazerem parte da minha vida e de cada momento que marcou a minha história. SAUDADES! :’(