segunda-feira, 16 de junho de 2014

Algemas


entre achados e perdidos
: eu me perco me escondo
finjo que não existo
além das margens
do imenso – e
insecável – mar da tua alma
: você
entre o sim e o não
um talvez que me lança
algemas inquebráveis
e eu cada vez mais enclausurado
não vejo
outra forma de ser
livre senão preso, atado.
não há liberdade
sendo livre.
sem saber nadar
sem saber viver
sem saber amar
sem saber
sem
repetições vazias esquecidas
de fazer rima
em meu peito há um imã
e agora há também
uma rima
que te atrai
e você se trai
nessas palavras tão mornas
sim, entre o quente e o frio:
você
morno você
quente e frio você essa mistura
que me dá náuseas.
e a minha garganta
latejando o gosto da bile
corroendo a mim a ti e todas
as feridas esquecidas
de doer.

Um comentário:

  1. Me assusta e me encantas
    na forma que danças
    o doce sabor da tua dor

    Prenda-me e leve
    em lugar algum
    encaixe-se no rum
    e descreva teu alvoroço antigo
    no tremendo zunzunzum

    Hipnotize, faça doer o que te sinta
    gaste tuas rimas e dissemine tuas sinas
    aliás, o que faz eu aqui nas tuas rimas?

    (:

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