Te
toco. Você me fere. Dói. Dói muito. Ainda não passou, mas... te toco de novo. Aí
dói mais um pouco. Meu corpo quer o alívio da dor que o remédio traz. Não há
remédio. Ou melhor, há sim. O remédio é não te tocar mais. Rejeito o remédio.
Alguém me chama de masoquista. Não me importo. Quero te tocar. Te toco mais uma
vez. E dói. Você me dói um bocado. Mas, me faz um bem tão grande, que até
esqueço. Não esqueço porque quero. Esqueço porque o amor faz essas coisas com a
gente. Deixa a gente um pouco esquecido das coisas ruins. Só vê as coisas boas.
A rosa é tão linda. A rosa é tão cheirosa. A rosa é tão atraente. Preciso toma-la
em minhas mãos. No impulso de tocá-la, me feri. Sangrou-me as mãos. Tocou-me o
coração O amor é uma ferida aberta que não cicatriza. A dor não me importa
tanto. Chega um dia em que você se acostuma de tanto sentir. O que me incomoda
é essa sua indiferença. É esse seu ferir e não se importar que está ferindo
alguém. Mesmo que a gente não queira, inevitavelmente, acabamos machucando quem
mais amamos. Pode me ferir. Pode me machucar. Mas pode me curar também. Afinal,
há amores que ferem e curam. Mas me diz uma coisa: você me ama?
(Não
ouço resposta alguma. Só há silêncio)
Posso aplaudir de pé? Fui tocada pelo teu texto, doeu e senti tudo na alma. O amor machuca, fere e cura, é. :}
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