O mar me leva.
Mas aqui não tem mar.
Então deve ser (a)mar.
É isso. Amar me leva.
Me leve. Até que eu fique leve.
Até que eu não me sinta.
Até que eu não me sinta e nem te sinta.
Até que todos os meus nós se desatem.
Até que minhas correntes se quebrem.
Até que minhas cadeias se abram.
E eu possa ir.
Ir e não ficar.
Amar não é ficar. Amar é ir.
Calma, eu disse ir. Não disse abandonar.
É tão diferente.
Amar é diferente.
Sinta o balanço das ondas que te levam.
Mas não vá se você não quer ir.
Amar te liberta. Amar te prende.
Amar é ter uma carta de alforria.
E ainda assim preferir permanecer sobre o domínio do seu senhor.
Amar é contradizer-se sempre.
Assim como faço agora nessas linhas que talvez você nem entende.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Traga um sorriso ao meu coração :)