Sem medo de sentir

Não se faz mais pessoas sensíveis como antes. Realmente é o que eu penso com o passar do tempo, ao desenrolar dos acontecimentos mais simples e mais singelos, que deveriam ser carregados de uma força tremenda de sensibilidade. Sensibilidade que gera um amor puro, simples e desinteressado. Deveria ser assim. Mas nem sempre é.

As coisas estão tão precoces que nem todos se importam em sentir cada minúsculo detalhe em suas vidas. As emoções e sentimentos parecem estar sendo descartados, como algo que não presta e que não tem valor. Porém, mal sabem as pessoas que elas correm o risco de se perder e se tornar cada vez mais vazias e sem vida. Vivendo como se fossem zumbis. Isso mesmo. Mortos vivos!

Sinto muito, mas pra viver a gente tem que sentir. Sentir mesmo. Sentir cada momento. Doendo ou não. Alegrando ou entristecendo. Caindo ou se levantando. Precisamos sentir profundamente cada momento e torná-lo único. Pois é cada momento que nos ensina, nos educa e nos molda para termos um coração melhor e mais quebrantado.

É momento de deixarmos de ser covardes e vivermos de verdade. Viver a verdade da nossa vida. Ser forte não é engolir os acontecimentos sem antes mastigá-los. Ser forte é ter a coragem e a ousadia de mastigar cada momento com calma e paciência, até que ele esteja pronto para ser engolido e degustado pelo estomago, que no caso é o nosso coração. Isso nos torna mais sensíveis e mais fortes ao mesmo tempo. Pois quem se arrisca em viver dessa forma recebe sempre a recompensa de ser forte, ainda que pense que é fraco.

Arrisque por aquilo que te torna uma pessoa melhor. Não melhor que os outros, mas melhor para você mesmo!