Não estar contigo é inebriar-me com espinhos que cravam o meu coração, no qual o meu cansaço e minhas falhas de ser humano, faz com o Teu toque seja imperceptível as minhas entranhas. A obscuridade do meu repouso envolve-me em conflitos, pois a minha alma é sedenta de Ti, porém as minhas fraquezas não permitem te tocar, não compreendo tanta amargura.”
Essas palavras foram frutos de um deserto espiritual, um momento de aridez. Palavras de Maria Neuza Neri, uma pessoa especial, que como todos os filhos de Deus, está à procura da presença de Deus nas coisas mais simples e sensíveis. Nem sempre encontramos aquilo que tanto necessitamos, por causa das nossas imperfeições, da nossa humanidade, dos “cravos” que nos ferem, mas é preciso insistir, persistir e não desistir! Pois no deserto vai surgir um Rio de Águas Vivas que vai saciar a sede do nosso coração.
Tentei ser melhor, não conseguir. Afoguei-me na embriaguez da alma que incansável luta para encontrar abrigo em meio às tempestades da vida. Cobri-me com tuas asas anjo benevolente que guia os meus passos sobre a nudez dos meus sentimentos. Calar a minha voz na imensidão que pressuriza o meu ser. Ser de Deus é ser Santo, vencer as tentações e fraquezas, além da derme e epiderme, ossos e membros, fruto da vontade humana, desejos e anseios da carne. Que bom seria, compreender e calcar esses desejos. Humano demais para entender a lucidez obscura da alma. Não tardes em perguntar para que aqui estou? Se nao gostar posso tirar.
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