É tão bom remexer no baú das lembranças, e ver que existe tantas recordações em mim. Recordações bonitas e bem simples. Mas que, de alguma forma, deixaram marcas em meu coração.
Não sei por que, mas nesses últimos dias tenho me recordado de coisas que aconteceram comigo há muito tempo. Talvez seja insignificante pra alguém. Não me importa. Pois, o importante mesmo é guardar o que foi bonito e o que foi aprendizado pra nossa vida.
Entre tantas coisas que guardei, uma delas veio à superfície. Foi o dia em que disse pra minha mãe que, no dia seguinte, eu iria preparar o café da manhã pra ela. Disse que ia fazer e fiz.
No tal dia seguinte, acordei bem cedo. Levantei, escovei os dentes e fui direto pra cozinha. Fiz o que pude com o que tinha. Na minha imaginação, ainda de criança, eu pensava em fazer um banquete que nem aqueles que aparecem nas novelas. Mas, não foi assim. Isso não me deixou frustrado ou triste. Lembro-me bem que eu fazia tudo com animação. Torrei os pães na frigideira. Fiz café. Fiz suco de laranja. Coloquei tudo na mesa e chamei minha mãe todo sorridente. Esperando pra ver qual seria sua reação. Ela entrou na cozinha. E, simplesmente sorriu. Isso foi o mais bonito de tudo. Ver alguém que eu amo tanto, sorrindo.
Lembro daquele momento até hoje. Mesmo que seja como borrões em minha memória. O tempo não tem o poder de apagar. São recordações que só fazem a saudade aumentar. De um tempo que não deveria ter passado. Mas, passou...
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