quarta-feira, 27 de julho de 2011

Só um toque

“Trago lágrimas, sorrisos, histórias, abraços… trago momentos felizes, momentos de decepção. Carrego pessoas, amores e desamores, amigos e inimigos, desafetos, paixões… Não sou um livro aberto, mas também não tão fechado que você não consiga abrir, basta ter jeito, saber tocar as páginas, uma a uma, e descobrirá de que papel é feito cada uma delas.”

(Caio Fernando Abreu)


Basta só um toque. Pois eu costumo me esconder. Nas sombras, dentro de mim, dentro do meu quarto, mas há pessoas que me fazem descansar. Não preciso ter medo ou receio de sair na luz, abrir as portas e deixar entrar. Pra quê medo, não é? Pois é, não tenho medo do toque. Basta saber tocar, como tocar.. um toque basta! Por que é pelo toque que nós percebemos quem ama de verdade. Pois há dias em que nós repelimos ao toque de uma pessoa. Eu também faço isso. E se mesmo quando repelimos ao toque dessa pessoa, ela continuar persistindo e insistindo em nos tocar, é por que simplesmente existe amor no toque. Porque amor resiste. Amor persiste. Amor não desiste. E de tanto ser tocado eu descanso um pouco (que seja) no coração de alguém. Respiro tranqüilamente. Pois sei bem que esse alguém não vai se assustar, nem correr, muito menos fugir quando me “ler”, quando me ver longe das sombras. Esse alguém... ah, esse alguém vai me acolher. Vai me receber de braços e coração abertos. Quem sabe vai chorar sobre minhas feridas. Lágrimas de amor que curam... Vai receber nas mãos aquilo que eu carrego há tanto tempo. E que guardei comigo e que segurei por medo. Mas quando há amor não há temor. Então, se me amas, não trago medo só vontade de me deixar ver. Pode ver. Pode entrar. Só não desista. Eu também não desisto de você.

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